A todos os que se interessam...

...puxem de uma cadeira, acomodem-se e disfrutem a viagem pois "as tarefas quotidianas jamais impediram alguém de seguir os seus sonhos" (in As Valquirias, Paulo Coelho)!!!



quarta-feira, 12 de maio de 2010

Educação e Sociedade em Rede

Síntese do debate em equipa subordinado a autenticidade e transparência na rede.

Tendo em conta o debate desenvolvido, este foi dividido em 2 partes. Cada parte continha 2 perguntas. Na primeira parte o professor colocou as seguintes questões:
  1. Em que medida a nossa identidade digital é um prolongamento da nossa identidade pública ou um campo alternativo de expressão de uma dimensão escondida da nossa personalidade íntima?
  2. O perigo da fraude intelectual (ex.: plágio) aumentou com o advento da internet?

Tendo em conta a primeira questão, esta centrou-se na problemática e na controvérsia em torno da noção de identidade digital. Uma das colegas enumerou o modo como alguns de nos tratamos os nossos dados com alguma leviandade e foi nesse sentido que elaborei a minha intervenção. Pois, considero importante o estar alertado para o modo como tratamos a informação que é sobre a nossa pessoa, visto se por um lado é devemos tratar os assuntos com alguma transparência, por o outro, há que estabelecer limites, como diz o seguinte excerto:

"I don't need to know everything about you, and you don't need to know everything about me. In fact we think some things should be private (like Social Security numbers and bank account numbers). What we REALLY need is the pertinent information AND to get to know each other. (...) BE AUTHENTIC."*

O que somos e como somos é um reflexo da nossa forma de estar e quer esta seja presencial ou online é igualmente o reflexo da nossa vivência em sociedade. Os subterfúgios e/ou estratégias a que recorremos para nos apresentarmos são igualmente um espelho do que somos. É verdade que a internet tem uma componente experimental, porém até mesmo as experiências devem ser lidadas com alguma prudência, visto que passos em falso podem conduzir a areias movediças e é sempre aconselhável saber quem está do outro lado de modo, a interagir, esperemos, de modo transparente.

*"Missing the point: Transparency without Authenticity." in http://allenjfuller.com/2010/02/missing-the-point-transparency-without-authenticity/

Relativamente à segunda questão:

Esta questão era sobre o perigo da fraude intelectual, nomeadamente plágio, e do seu crescimento com o advento da internet. Penso que nos tempos que correm, e pela experiência que tenho, os alunos estão cada vez mais habituados ao “copy & paste” e muitas das vezes nem reparam na origem do texto, no seu autor e na sua inserção na pesquisa em causa, conferindo depois ao trabalho final, em muitos casos, uma total falta de adaptação ao tema em questão. É necessário desenvolver sensibilidade e apetências para que os alunos ultrapassem esta barreira…e, creio que uma das figuras de 1ª linha para o fazer é o professor, pois este deve auxiliar os alunos a entrar no trilho certo! A internet e a sua multiplicidade de recursos é, sem dúvida, na minha opinião, um grande facilitador do plágio, repare-se que até obras completas podemos encontrar…cabe ao professor auxiliar o aluno a libertar-se da ideia do plágio e da “ilusória facilidade” que este confere para a criação de um texto seu e posterior publicação num blog. Com esta estratégia, o aluno torna-se autor e começa a ganhar a “sensibilidade” desejada pois o seu trabalho ao ser publicado e objecto de referência é partilhado por outros colegas, gerando novas publicações onde a ideia de uma cadeia de partilha de conhecimentos autênticos está subjacente.

Na segunda parte foram abordados os seguintes assuntos:
  1. É possvel alguma entidade particular ou alguém (e se sim, qual ou quem) controlar a rede?
  2. Em que medida a rede é segura e em que medida a informação nela partilhada é confiável? Quem o pode garantir?

Tendo em conta a primeira pergunta sobre a possibilidade de alguém controlar a rede, creio que esse controlo não é viável, pois acho que a internet é “um espaço aberto”, que Lévy descreve como “um universo aberto sem totalidade” onde todos os seus utilizadores têm a liberdade de publicar tudo o que desejarem, desde o mais interessante ao mais “inadequado”.

Relativamente à segunda pergunta, sobre a segurança da rede e sobre a viabilidade da informação que ela comporta, referi que efectivamente deve existir uma entidade, que acredito ser humana apesar de a componente virtual auxiliar muito, que analisa e que separa “o trigo do joio” conferindo à informação organização segundo áreas temáticas, de acordo com autores. Isto porque quando é efectuada uma pesquisa aparecem ligações a outros documentos, estabelecendo pontos de convergência de informação que culminando com uma apresentação de vários tópicos onde são abordadas as temáticas e/ou palavras usadas nos motores de busca. É certo, porém, que se nos dirigirmos a entidades institucionais a viabilidade e autenticidade da informação se torna mais segura, pois estas entidades conferem-lhe esse estatuto e são palpáveis e reais.

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